sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Roleta mais alta em ônibus no ES não é 100% eficiente, diz Ceturb após testes

03/08/2017 - CBN

A efetividade chega a 85%, ou seja, 15% dos passageiros que pulavam roleta ainda conseguem ultrapassar a catraca e passar sem o pagamento de passagem, mesmo com o dispositivo mais alto.

Por Kaique Dias, CBN Vitória

Presidente da Ceturb, Alex Mariano,testa catraca alta em ônibus do Transcol (Foto: Frederico Loureiro/Secom-ES)
Presidente da Ceturb, Alex Mariano,testa catraca alta em ônibus do Transcol (Foto: Frederico Loureiro/Secom-ES) 

Os testes em roletas altas no Sistema Transcol foram finalizados, segundo informou a Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV). No entanto, ela não é 100% eficiente.

A efetividade chega a 85%, ou seja, 15% dos passageiros que pulavam roleta ainda conseguem ultrapassar a catraca e passar sem o pagamento de passagem, mesmo com o dispositivo mais alto.
A Ceturb-GV informou que está estudando outras medidas, como uma barreira eletrônica para impedir quem não paga a passagem e outras ideias encaminhadas ao órgão como sugestões.

A plena eficiência da roleta alta ficou comprometida porque, durante os testes, pessoas magras conseguiram passar no meio dela ou por baixo.

Os testes nos famosos “roletões” começaram em novembro do ano passado. Apesar de não alcançar 100% de efetividade, a Ceturb-GV pretende avançar com esse modelo de catraca. Atualmente 70 ônibus estão com a roleta alta em 22 linhas. Até o final deste mês outros dez veículos vão receber o sistema e a ideia é chegar ao final do ano com cem veículos usando o equipamento.

O Transcol possui mais de 1,5 mil ônibus atualmente. Segundo o diretor-presidente da Ceturb-GV, Alex Mariano, nem todas as linhas vão receber a catraca alta.

“Estamos ampliando de acordo com a necessidade. Podemos chegar a 500 veículos? Podemos. Mas nós estamos tendo cautela, verificando linha por linha para ver onde acontece mais (os pulos)”, ressalta.

O diretor explica que houve uma mudança no design da roleta, com o aumento da largura de uma cantoneira lateral. A ideia foi evitar a dificuldade de passagem de pessoas obesas e com bolsas maiores.

Mariano explica que outras possibilidades são pensadas atualmente, como a colocação de uma barreira de controle para evitar passageiros que não pagam a tarifa. O diretor não adiantou como seria o modelo, mas disse que chegou como sugestão para a Ceturb-GV e agora são analisadas questões de segurança e viabilidade. Um protótipo já é elaborado.

Cerca de 100 mil pessoas pulam roleta de ônibus todo mês, em coletivos do Sistema Transcol, que circulam nos municípios da Grande Vitória. As empresas dizem que o prejuízo ultrapassa os R$ 3 milhões por ano.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Vitória vai ganhar mais uma faixa exclusiva para ônibus

14/06/2017 - ES HOJE

por Redação Multimídia 

Foto: PMV
Foto: PMV

Para auxiliar na fluidez do trânsito e melhorar o tempo dos ônibus que trafegam próximo às cabines da Terceira Ponte, a Secretaria Municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana (Setran) vai criar mais uma faixa exclusiva para os coletivos.

A nova faixa ficará na terceira pista da avenida Desembargador Santos Neves (à esquerda), no sentido Centro, após a faixa de pedestre, no acesso à rua Duckla de Aguiar. Com a nova sinalização, os ônibus irão acessar a rua e, em seguida, a Terceira Ponte, evitando transitar pela praça do Cauê. Essa mudança visa trazer maior fluidez no trânsito desse local.

Para isso, o acesso à rua Duckla de Aguiar, que hoje está fechado, será aberto. Com essa intervenção, os ônibus não vão mais competir com os carros no entorno da praça do Cauê e no trânsito da rua Almirante Soído.

“Os ônibus vão ganhar tempo nesse novo trajeto, primeiro porque estarão numa faixa exclusiva e não precisarão disputar espaço com outros carros. Além disso, eles não precisarão fazer tantas manobras e curvas para chegar até o acesso da Terceira Ponte, como hoje é necessário. Com menos raios de giro, os ônibus poderão se desenvolver mais”, explicou o titular da Setran, Tyago Hoffmann.

Ponto de ônibus
Outra mudança prevista para ser implantada com a nova faixa exclusiva é o remanejamento do ponto de ônibus que fica na rua Duckla de Aguiar. Hoje, o ponto fica muito perto do acesso à Terceira Ponte e, no horário de pico, acaba criando uma fila de carros atrás dos coletivos, com veículos que estão vindo da Almirante Soído e da avenida César Hilal.

Com o remanejamento desse ponto, será criada uma baia de ônibus na Duckla de Aguiar, antes do acesso à rua Almirante Soído. Assim, os veículos que vêm da praça do Cauê e da César Hilal não precisarão disputar espaço com os ônibus nesse trecho, uma vez que os coletivos ficarão acomodados na baia de ônibus.

“Nosso objetivo é organizar melhor o trânsito nesse trecho de acesso à Terceira Ponte, para dar mais fluidez nesse local”, explica Hoffmann.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Secretário diz que integração entre Transcol e ônibus municipais está próxima

29/05/2017 - Folha Vitória

A informação foi repassada pelo secretário de Transportes (Setop), Paulo Ruy Carnelli, durante reunião junto a Comissão de Infraestrutura e Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa

Redação Folha Vitória

 “A Setop está investindo no projeto de integração que tende a melhorar a oferta e reduzir custos. E isso será estendido para o sistema de Vitória e Vila Velha com o bilhete único”, disse Carnelli
Foto: Divulgação
Cresce cada dia mais a possibilidade do sistema municipal de transporte coletivo de Vitória ser interligado ao Transcol na Grande Vitória. Com a integração, deve ter início também a utilização do bilhete único por parte dos usuários.

A informação foi repassada pelo secretário estadual de Transportes (Setop), Paulo Ruy Carnelli, durante a manhã desta segunda-feira (29) após reunião junto a Comissão de Infraestrutura e Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa.

“A Setop está investindo no projeto de integração, que tende a melhorar a oferta e reduzir custos. O grande benefício é que o Transcol integra sete municípios com uma tarifa. E isso será estendido para o sistema de Vitória e Vila Velha com o bilhete único”, disse Carnelli.

Além da possibilidade de integração dos sistemas, a reunião, que contou com a participação de vários deputados, dentre eles o líder do governo Rodrigo Coelho (PDT), tratou também de outros pontos importantes de mobilidade urbana para os capixabas, como as obras paralisadas do BRT, a volta do aquaviário e mudanças na forma de cobrança da tarifa.

Aquaviário

Com relação a volta do aquaviário, o secretário acredita que o retorno do sistema seria útil para melhorar a mobilidade urbana na Região Metropolitana, mas é preciso estudar formas viáveis de instalação do sistema, com integração também com os ônibus.

“Nós precisamos buscar uma forma atrativa para o sistema existir. Ele já existiu e foi muito importante. Mas, com a construção das Segunda e Terceira Pontes e ampliação do transporte coletivo, ele perdeu lugar em um momento. Hoje, já é outra realidade. Então precisamos pensar uma forma de tornar viável para o Estado e para o usuário”, explicou.

Quanto ao BRT, o secretário reafirmou que o projeto demanda um alto investimento, de quase R$ 2 milhões, e por conta disso não deve ser realizado nesse momento de crise.

Tarifa fracionada

Alguns estudantes do Senac, que participaram da reunião, questionaram Carnelli sobre a forma de cobrança realizada atualmente. A aluna Ester Andrade Cardoso, de 15 anos, sugeriu uma nova forma de cobrança de passagem, a tarifa fracionada.

“Não acho justo que uma pessoa que faz diariamente uma viagem curta, de alguns pontos de ônibus, pague o mesmo valor de quem faz uma viagem longa, passando por terminais. Seria mais justo, se cada usuário pagasse pelo trecho”, sugeriu a estudante.

Sobre o tema, a Setop explicou que, embora aparentemente justo para quem anda poucas distâncias, o formato seria prejudicial para quem precisa se locomover por longas distâncias. “O raciocínio é lógico e esse formato já foi adotado anteriormente. Mas a tarifa única foi uma conquista do usuário. O valor da tarifa, por exemplo, só se mantém em R$ 3,20 porque o governo faz subsídio. No ano passado, foi de R$ 110 milhões e prevemos o mesmo valor esse ano para manter o mesmo valor de tarifa”, explicou.